domingo, 13 de novembro de 2011

► Zé Ramalho faz mistura de hits e covers em show no SWU

Foi com a versão de um clássico que Zé Ramalho abriu o segundo dia do Palco Energia no SWU. Mas não foi "Batendo na porta do céu", sua famosa interpretação de "Knockin' on heaven's door", de Bob Dylan — Zé Ramalho escolheu "O que é, o que é", de Gonzaguinha, que, nas mãos de Ramalho, ganhou intensidade dramática, até sombria, e perdeu o tom de celebração desbragada.

Estava dado o tom da escolha do repertório, que alternou sucessos próprios e alheios, como "Pra não dizer que não falei de flores", de Geraldo Vandré, e "Avôhai" e "Admirável gado novo", do próprio cantor. Como de costume, Zé Ramalho até "toca Raul" — mais especificamente, "O trem das 7" e "Medo da chuva".

Zé subiu ao Palco Energia apenas cinco minutos depois do horário previsto (o show estava marcado para as 15h). Mesmo sob o forte calor que marcou o início da apresentação, o cantor, seguindo a própria tradição, surgiu vestido de preto da cabeça aos pés.

"Boa tarde, SWU. É uma alegria estar aqui com vocês nesta tarde linda e sob a energia planetária deste festival", cumprimentou o músico paraibano, pouco antes de revisitar os 30 anos de carreira recém-completados por meio de canções como "A terceira lâmina", "Banquete dos signos", "Chão de giz" (que conta com a participação da prima, Elba Ramalho, na versão original) e "Táxi lunar", esta última também muito conhecida na voz de Geraldo Azevedo.

Apesar da escolha "à prova de falhas", a apresentação enfrentou problemas. O telão principal só começou a funcionar no meio da apresentação, quando também o calor deu lugar à chuva, que caiu forte até o fim do show.

A apresentação terminou com "Frevo mulher", um dos maiores clássicos do cantor, seguido de um simpática mensagem do menestréu: "Para vocês que fazem parte dessa massa, fiquem em paz e obrigado pelo carinho".

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